Chupar dedo: quais as consequências e como acabar com esse hábito

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Os bebês adquirem o hábito de chupar dedo desde o útero. Em diversos exames de ultrassom é possível ver os pequeninos com o dedinho na boca. Depois do nascimento ele permanece, e até esse momento está tudo certo, pois o costume de chupar dedo ajuda a fortalecer a musculatura da boca para a sucção do leite da mãe.

Mas passa a ser um problema quando a arcada dentária começa a se preparar para o nascimento dos dentes.

Conteúdos
  1. Por que as crianças gostam de chupar dedo?
  2. As consequências de chupar dedo
  3. Dicas para acabar com o hábito de chupar dedo
    1. Técnica da bandagem durante o sono
    2. Descobrir o gatilho do vício
    3. Tratamento com equipe multidisciplinar

Por que as crianças gostam de chupar dedo?

De acordo com os fonoaudiólogos, além do fator instintivo já mencionado, as crianças continuam chupando dedo na infância, geralmente, porque encontram nesse hábito o conforto que traz calma e segurança.

Pode ser uma forma de lidar com novas emoções ou transições que esteja vivendo, bem como pode ser apenas um ritual para conseguir dormir.

Então, o costume de ficar com o dedo na boca pode ser trabalhado de modo a ajudar a criança a lidar com determinados sentimentos ou, então, podem ser aplicadas técnicas para que substitua esse ritual por outro que não seja nocivo.

As consequências de chupar dedo

Em primeiro lugar, a preocupação com as consequências de chupar dedo está associada à saúde da criança.

Ela pode desenvolver problemas na arcada dentária que, além de afetar a estética facial, também pode interferir na mastigação e na fala.

Um dos principais problemas causados pelo costume prolongado de chupar dedo é a mordida aberta, que é a quando os dentes da arcada superior crescem em um ângulo mais aberto formando um arco e afundam, ficando menores e deixando uma abertura entre as arcadas.

Outro problema é a mordida cruzada, que é quando a arcada inferior fica à frente da superior. Os dois problemas podem prejudicar a mastigação, a deglutição e causar lesões nas gengivas e parte interna das bochechas porque, quando os dentes tortos machucam essas partes mais sensíveis, abrem espaço para inflamações e infecções.

Em alguns casos, chupar o dedo por muitos anos, pode levar a problema de dicção, porque a língua fica boa parte do tempo relaxada, não realizando a memorização dos movimentos certos para a pronúncia de letras como S e R.

Esses problemas, depois de terem se formado, só podem ser resolvidos com o uso de aparelhos ortodônticos. Então, se for possível, a melhor opção e acabar com esse problema antes de a criança completar 2 anos de idade.

Dicas para acabar com o hábito de chupar dedo

As técnicas para acabar com a mania de chupar o dedo vão depender da idade da criança.

ambém será necessário que os pais e responsáveis estejam determinados a ajudá-la nessa fase, pois o o problema vai persistir.

Técnica da bandagem durante o sono

Durante o sono, a criança coloca o dedo na boca sem perceber. Mas se o dedinho estiver enrolado em uma bandagem, tipo curativo, mesmo dormindo ela vai afastar o dedo quando sentir. Assim, noite após noite, o hábito vai deixando de persistir.

Descobrir o gatilho do vício

Outra dica interessante é os pais perceberem qual é o gatilho que faz a criança sentir vontade de colocar o dedo na boca. Em muitos casos, os gatilhos são objetos, como brinquedos, caixinhas de música, ursinhos de pelúcia. Se assim for, a dica é substituir esses objetos por outros, relacionando a novos hábitos, mais saudáveis.

Tratamento com equipe multidisciplinar

Quando os pais não conseguem obter sucesso nos métodos sugeridos acima, o ideal é que busquem apoio profissional para descobrir o que exatamente estimula a criança a ter esse comportamento.

A equipe multidisciplinar que auxilia nesses casos é formada pelo pediatra, por um fonoaudiólogo e, se necessário, por um psicólogo, quando é possível que a causa seja emocional. Cada profissional irá atuar de forma integrada, aplicando tratamentos complementares para que a criança realmente abandone o comportamento e siga em frente sem deixar traumas por resolver.