Que complicações pode ter uma gravidez múltipla

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Uma gravidez múltipla, ou seja, uma gravidez onde a gestante espera mais que um filho, tem no entanto maiores riscos que uma gravidez com um feto apenas.

Apesar de não serem tão frequentes, as gestações com mais de um feto são ainda assim bastante comuns.

Apesar de este risco existir em todas as gestações, uma gravidez múltipla, especialmente se for de gémeos idênticos, tem uma probabilidade maior de alguns riscos.

Complicações possíveis numa gravidez múltipla

A hipertensão gestacional, caracterizada pela pressão alta durante a gravidez, é mais comum nas gestações múltiplas.

Perto de 25% das mulheres com uma gravidez múltipla acaba por sofrer de pressão alta. Ao contrário das que têm uma gestação com um único bebé, onde essa percentagem baixa para os 5/ 6%.

A pré-eclâmpsia é também muito mais comum nas gestações múltiplas, com uma probabilidade três vezes maior de ocorrência que numa gravidez simples.

Muitas vezes, numa gestação múltipla, um ou mais bebés podem não crescer no ritmo normal, criando assim algumas complicações no parto.

Além disso, é comum os gémeos nascerem com tamanhos diferentes, mesmo que ambos saudáveis. A esta condição dá-se o nome de crescimento fetal restrito.

Outra das complicações comuns numa gravidez múltipla é a ocorrência de um parto prematuro. Perto de 50% de todas as gestações múltiplas terminam antes de alcançar as 37 semanas.

Uma das complicações mais graves é o risco de aborto espontâneo.

Este aborto pode afetar todos os fetos, ou nalguns casos, apenas um.

Quando ocorre apenas o aborto de um dos fetos, este é reabsorvido pelo organismo, denominando-se a este fenómeno a síndrome do gémeo desaparecido.

Outra condição grave, mesmo que rara, que afeta gestações com gémeos idênticos é a síndrome da transfusão feto-fetal.

Este problema caracteriza-se pela distribuição sanguínea desigual entre os fetos, provocando a debilitação de um dos gémeos.

Até há alguns anos atrás, este problema significava geralmente a morte de ambos, contudo, com os últimos avanços, já é possível detetar a tempo e corrigir o problema num número maior de casos.